quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
Zeca Camargo fala sobre Born This Way
Vamos começar por “Born this way” – já que a apresentação de Lady Gaga ontem na cerimônia do Grammy ainda está fresca na minha mente.Por falar nela, foi só eu que reparei que a versão que ela cantou nessa festa era ligeiramente diferente dessa que está disponível desde sexta-feira no sire da cantora? Eu diria que era até ligeiramente melhor? Se a performance de Gaga – e seus surpreendentemente despojados bailarinos (também, com corpos como aqueles, quem precisa de figurino?) – pareceu discreta, especialmente quando a gente compara com outras aparições recentes, “Born this way” me conquistou – novamente. Não é difícil admitir que seu refrão não é dos mais acessíveis que Lady Gaga já gravou. Tampouco é complicado perceber porque um turbilhão de comentário (e “mash-ups”) na internet batem na tecla de que a música é fortemente inspirada em “Express yourself” – um clássico de Madonna. Mas mesmo com todos esses, hum, obstáculos, “Born this way” é “pura” Lady Gaga (Ou “pura Whitney Houston? Quem diria que ela iria agradecer à diva pela inspiração ao receber um prêmio ontem no Grammy? Mas eu divago…).
Primeiro porque o “primeiro mandamento de Gaga” foi respeitado – aquela que é a missão primordial da cantora na Terra: “Let’s dance”! “Born this way” foi feita para isso! Depois, como resistir à voz da cantora – que, se já era incrível, está cada vez mais potentes. E por último, tem a elegante mensagem anti-homofóbica da letra da música, com Lady Gaga respondendo ao mesmo tempo aos fãs no extremo da diversidade e aos críticos mais reacionários. O que não há para gostar nessa combinação?
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